Outro dia ao participar de uma cerimônia
fúnebre ouvi a seguinte oração feita por um pastor a favor do morto: "Senhor, eu
oro por fulano e em suas mãos entrego sua alma."
Como é que é? Talvez você esteja pensando com
os seus botões, foi isso mesmo que eu li?
Pois é, lamentavelmente foi exatamente isso que
aconteceu. O pastor demonstrando uma enorme ignorância bíblica intercedeu pelos
mortos.
Prezado amigo, infelizmente, essa equivocada doutrina católica está ganhando adeptos entre os evangélicos, que por desconhecerem as doutrinas fundamentais das Escrituras comportam-se de forma absolutamente antagônica ao ensino bíblico.
Prezado amigo, infelizmente, essa equivocada doutrina católica está ganhando adeptos entre os evangélicos, que por desconhecerem as doutrinas fundamentais das Escrituras comportam-se de forma absolutamente antagônica ao ensino bíblico.
A prática de orar pelos defuntos iniciou-se por
volta do 5º século (d.c), quando a igreja passou a dedicar um dia especifico do
ano para rezar pelos seus mortos. No entanto, o culto de finados somente seria
instituído na França, no século X, através de um abade beneditino de nome Cluny.
Um século depois, os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX
(1015) obrigaram aos fiéis a dedicarem um dia inteiro aos mortos. Já no século
XIII o dia de rezar pelos finados finalmente começou a ser celebrado em 2 de
novembro. Essa data foi definida por ser um dia depois da comemoração da Festa
de Todos os Santos, onde se celebrava a morte de todos que faleceram em estado
de graça e que por algum motivo não foram canonizados.
Caro leitor, a Bíblia é absolutamente clara ao
afirmar que após a morte só nos resta o juízo. Ensina também, que o fato de toda
e qualquer decisão por Cristo só pode ser tomada em vida, o que, por
conseguinte, nos leva a entender de que não existe fundamento teológico para
interceder a favor dos mortos.
Para os católicos romanos a referência bíblica
que fundamenta esta prática encontra-se em 2 Macabeus 12.44. Entretanto, nós
protestantes, não reconhecemos a canonicidade deste livro e nem tampouco a
legitimidade desta doutrina, uma vez que o Protestantismo não se submete às
tradições católicas e sim as doutrinas das Sagradas Escrituras.
Segundo a interpretação protestante, a Bíblia
nos diz que a salvação de uma pessoa depende única e exclusivamente da sua fé na
graça salvadora que há em Cristo Jesus e que esta fé seja declarada durante sua
vida na terra (Hebreus 7.24-27; Atos 4.12; 1 João 1.7-10) e que, após sua morte,
a pessoa passa diretamente pelo juízo (Hebreus 9.27) e que vivos e mortos não
podem comunicar-se de maneira alguma (Lucas 16.10-31).
Ora, do ponto de vista bíblico é inaceitável
acreditar que os mortos estejam no purgatório ou no limbo aguardando uma segunda
oportunidade para a salvação. Em hipótese alguma nós como cristãos devemos
celebrar ou participar de culto aos mortos, antes pelo contrário, fomos e somos
chamados a anunciar aos vivos a vida que somente podemos experimentar em Cristo
Jesus.
Soli Deo gloria,
Renato Vargens